Os votos foram todos aprovados por unanimidade pelos deputados, que cumpriram um minuto de silêncio pela morte do presidente venezuelano, cujo funeral se realiza hoje, com a presença de pelo menos 22 chefes de Estado e de governo.
No voto conjunto apresentado, a maioria PSD/CDS-PP refere que Hugo Chávez prosseguiu um programa de governação de esquerda, "promovendo o anti-americanismo e o anti-capitalismo e apostando numa política de nacionalizações de setores estratégicos da economia".
"Para muitos portugueses, a Venezuela foi o destino da nossa emigração, aí se estabelecendo uma importante comunidade nacional", destacaram o PSD e o CDS-PP, expressando o desejo de que "continue a gozar do respeito do povo venezuelano e que continue a contribuir também ela para o desenvolvimento do país".
O voto do PCP propôs que a Assembleia da República manifeste confiança "de que o povo venezuelano saberá defender os progressos alcançados nos últimos anos, a soberania e a legalidade constitucional da Venezuela".
O PS referiu que o presidente venezuelano foi "um amigo de Portugal e sempre reconheceu a importância da comunidade portuguesa", tendo "mantido e estimulado fortes ligações, empenhando-se pessoalmente para incrementar as relações bilaterais, designadamente no domínio económico".
O Bloco de Esquerda destacou que Hugo Chávez foi o "elemento central para o aprofundamento das boas relações entre Portugal e a Venezuela ao nível económico" e deixou como legado "ganhos de democracia e o combate às desigualdades sociais".
Lusa