Face Oculta

Manuel Guiomar entregou-se na prisão de Évora mas não foi aceite 

O processo Face Oculta começou a ser julgado em 2011.

Manuel Guiomar, um dos condenados do processo Face Oculta, entregou-se esta terça-feira em Évora para cumprir a pena de prisão. No entanto, a direção da cadeia não o aceitou por não ter perfil adequado para aquele estabelecimento prisional.

O antigo funcionário da REFER, que foi condenado por um crime de corrupção passiva e quatro de burla qualificada, é um dos quatro arguidos do processo Face Oculta condenados a penas efetivas que viram a sentença tornar-se definitiva.

Na segunda-feira a juíza Marta Carvalho, que tem em mãos o processo Face Oculta, emitiu os mandados de condução à cadeia para os arguidos Manuel Guiomar e João Tavares, ex-funcionário da Petrogal que tem uma pena de cinco anos e nove meses para cumprir.

Na mesma altura, a juíza deu um prazo de três dias para Armando Vara se apresentar na cadeia para cumprir a pena de cinco anos de prisão efetiva a que foi condenado, por três crimes de tráfico de influência.

O processo Face Oculta, que começou a ser julgado em 2011, está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor do Estado e privadas.

Além de Armando Vara e Manuel Godinho, foram arguidos no processo o ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais) José Penedos e o seu filho Paulo Penedos, entre outros.

Na primeira instância, dos 36 arguidos, 34 pessoas singulares e duas empresas, 11 foram condenados a penas de prisão efetiva, entre os quatro anos e os 17 anos e meio.

Atualmente, ainda estão pendentes no Tribunal Constitucional os recursos de Manuel Godinho, José Penedos, Paulo Penedos, Domingo Paiva Nunes, Hugo Godinho e Figueiredo Costa.

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