Atentados em Bruxelas

"Os nossos mortos merecem mais do que o nosso ódio", lembra BE

O BE afirmou hoje que a primeira resposta aos atentados de hoje em Bruxelas deve ser da mais humilde humanidade, defendendo que aqueles que morreram "merecem mais do que o ódio" pelos terroristas.

"Confrontados com este terror, a nossa primeira resposta deve ser da mais humilde humanidade", afirmou Pedro Filipe Soares, numa declaração em nome da bancada do BE, antes da aprovação, por unanimidade, de um voto de condenação e pesar da Assembleia da República pelos atentados terroristas em Bruxelas.

"Os nossos mortos merecem mais do que o nosso ódio e o ódio era a vitória daqueles que quiseram levar as bombas e que mataram com essas bombas", disse.

Para o líder da bancada parlamentar do BE, aqueles que em Bruxelas, Paris ou Madrid pereceram perante o terror, exigem que a Europa não se vergue perante o ódio e não deixe cair aquilo que construiu: "A liberdade, a defesa do Estado de direito e a garantia que é pela positiva que os direitos se exercem e não pela negativa".

"Não aceitamos ser instrumentalizados naquilo que aqueles que colocaram as bombas querem: que haja um choque de civilizações e de religiões", enfatizou.

Segundo Pedro Filipe Soares houve "desprezo pela vida daqueles que quiseram matar indiscriminadamente", deixando uma "palavra de solidariedade para com o povo belga, para com os povos europeus que foram vítimas de terrorismo e para com as famílias e os amigos daqueles que pereceram".

O deputado bloquista defendeu, por isso, uma resposta singela, que seja "pela positiva, pela afirmação que não há medo que possa destruir" aquilo que custou tanto a construir, como a liberdade e os Estados de direito.

Pelo menos 34 pessoas morreram e perto de duas centenas ficaram feridas nas três explosões registadas hoje em Bruxelas -- duas no aeroporto internacional de Zaventem e uma na estação de metro de Maalbeek, junto às instituições europeias, no centro da capital belga.

O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.

Lusa

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