A informação foi avançada hoje em conferência de imprensa pelo ministro do Interior (Administração Interna) espanhol, Jorge Fernández Díaz. A reunião de especialistas anti-terrorismo incluiu responsáveis dos serviços secretos espanhóis, o Centro Nacional de Inteligência (CNI), da Polícia Nacional, da Guardia Civil, bem como oficiais de ligação das polícias autonómicas da Catalunha, os Mossos d'Esquadra, e do País Basco, a Ertzaintza.
Espanha está no nível 4 de alerta terrorista desde os atentados de Paris, Tunísia, Kuwait e Somália de junho do ano passado, e implica proteção e investigação a infraestruturas críticas, como aeroportos, as principais estações de comboio e centrais energéticas. No entanto, o Ministério do Interior espanhol reforçou esse dispositivo, acrescentando vigilância noutros locais de maior presença de cidadãos.
A reunião foi liderada pelo próprio ministro Jorge Fernández Díaz, com o apoio do secretário de Estado de Segurança, Francisco Martínez. Do CNI esteve presente o diretor Félix Sanz Roldán; pela Polícia Nacional o comissário-geral de Informação, Enrique Barón. Também esteve presente o diretor-geral do Centro de Intêligencia contra o Terrorismo e o Crime Organizado (Citco), José Luis Olivera.
A conferência de imprensa de Jorge Fernández Díaz seguiu-se a uma outra reunião, da Comissão de Acompanhamento do Acordo para a Unidade em Defensa das Liberdades e da Luta contra el Terrorismo Jihadista. Esta comissão inclui os partidos políticos assinaram o pacto: PP, PSOE, Ciudadanos, UpyD, Coalición Canaria, Foro Asturias, Unión del Pueblo Navarro, Unió Democratica de Catalunya e Partido Aragonés Regionalista. O Podemos esteve presente na condição de observador.
O nível máximo de alerta em Espanha, o nível 5, significa que "está iminente um ataque terrorista" e implica a mobilização de militares para pontos fulcrais das principais cidades espanholas.
Mais de 30 pessoas morreram e perto de duas centenas ficaram feridas nas três explosões registadas hoje em Bruxelas - duas no aeroporto internacional de Zaventem e uma na estação de metro de Maelbeek, junto às instituições europeias, no centro da capital belga.
O grupo extremista Estado Islâmico já reivindicou os atentados na capital belga.
O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.
Lusa