O Presidente francês, Emmanuel Macron, envolveu-se esta quinta-feira ainda mais na campanha eleitoral para as eleições europeias, ao apresentar-se como líder do campo dos que querem "construir a Europa".
A duas semanas do escrutínio para o Parlamento Europeu, Macron aproveitou a cimeira europeia que decorreu hoje em Sibiu, na Roménia, para dramatizar a importância de "uma escolha absolutamente crucial".
Nas suas palavras, a questão é: "vamos construir em conjunto uma Europa, mesmo que com diferenças e melhorando as coisas, ou vamos desconstruí-la, destruí-la e regressar ao nacionalismo?".
As suas prioridades, disse, são três: o clima, a proteção das fronteiras, com a refundação dos acordos de Schengen, e a construção do "modelo económico e social do crescimento do amanhã". Mas insistiu no primeiro ponto, salientando que a Europa era "essencial para o contrato ecológico".
Com outros dirigentes, reuniu-se na praça central de Sibiu com três jovens militantes - um romeno, um belga e um alemão -, que lhe entregaram uma carta com 70 mil assinaturas, que apelam à União Europeia para que "aja sem demoras" para a transição ecológica, na linha do movimento iniciado pela jovem sueca Greta Thunberg.
Para Macron, "a Europa é o bom nível para taxar as grandes empresas mais poluentes", porque "se se faz só em França, transferem-se para os países vizinhos".
A candidata do seu partido às europeias tinha dito esta semana: "Não se faz ecologia só num país". Mas, ao contrário do Presidente francês, a maior parte dos outros dirigentes europeus não mencionaram o assunto das alterações climáticas, quando apresentaram as suas prioridades para uma Europa pós-'Brexit', à chegada a Sibiu, mencionando antes a competitividade e as migrações.
Lusa