A luta contra o surto de Ébola, o pior já registado, continua a ser uma emergência de saúde global, disse hoje a OMS, que estima que perto de 10.000 pessoas foram afetadas pelo vírus, que já fez cerca de 4.900 mortos.
Os países africanos comprometeram-se a enviar mais de mil trabalhadores da área da saúde para lutar contra a epidemia de Ébola nos três países da África ocidental mais afetados pela doença -- Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri -, disse hoje, em Freetown, a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma.
Além destes três países africanos, o vírus já causou também mortes na Nigéria, Estados Unidos e Espanha.
O primeiro caso de contágio fora de África foi detetado, no início do mês, em Espanha e estão seis pessoas internadas em observação num hospital de Madrid.
Vários países estão a impor restrições à circulação de pessoas oriundas dos países mais atingidos pela epidemia e a introduzir postos de controlo sanitário nos aeroportos, para vigiar a febre, um dos primeiros sintomas da doença.
Existe também um outro surto de Ébola na República Democrática do Congo, que já causou 43 mortos, mas as autoridades médicas referem que não está relacionado com os casos na África Ocidental.
O Ébola, que se transmite por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, é um vírus que foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.
Lusa