Brexit

May pede extensão do Brexit até 30 de junho, Tusk propõe mais um ano

A primeira-ministra britânica escreveu ao presidente do Conselho Europeu a pedir uma adiamento do artigo 50º até 30 de junho enquanto Donald Tusk propõe uma "extensão flexível" do Brexit por mais 12 meses.

POOL New

A chefe do Governo britânico informa na carta ao presidente do Conselho Europeu que o Reino Unido pede uma extensão do artigo 50º do Tratado de Lisboa para negociar com os deputados britânicos o acordo de saída da UE.

"O Reino Unido propõe que este período termina a 30 de junho de 2019", escreve May.

Por seu lado, Donald Tusk sugeriu um adiamento "flexível" do Brexit por 12 meses, noticiou a televisão pública britânica BBC.

O jornalista da CNN em Londres Simon Cullen publicou no Twitter uma imagem da carta de Theresa May.

Data de saída e eleições europeias

Na carta, May indica estar a preparar-se para realizar eleições europeias entre 23 e 26 de maio, mas refere não ser nem do interesse do Reino Unido nem da UE que o país participe nas eleições para o Parlamento Europeu.

"Porém, o Reino Unido aceita a opinião do Conselho Europeu de que se o Reino Unido continuar a ser membro da União Europeia a 23 de maio, teria a obrigação legal de realizar eleições. O Governo está assim a avançar com os preparativos legais e responsáveis para esta contingência, incluindo fazer o edital que determina a data das eleições", refere na carta.

O Reino Unido está em plena crise política, os deputados já rejeitaram por três vezes o acordo de retirada negociado pela primeira-ministra com Bruxelas.

Previsto inicialmente para 29 de março, o Brexit já foi adiado para 12 de abril, na esperança que um acordo seja aprovado pelo Parlamento até lá.

Theresa May já iniciou as conversações com a oposição Trabalhista para encontrarem um compromisso suscetível de ser apoiado pela maioria dos deputados.

Tusk sugere mais um ano

O presidente do Conselho Europeu vai submeter ainda hoje aos Estados-membros o cenário de uma "extensão flexível" do Brexit até 12 meses, segundo vários órgãos de comunicação social britânicos e franceses.

Mas esta proposta corre o risco de não recolher o consenso de todos os Estados-membros, preocupados com o prolongamento da situação em que o Reino Unido está "com um pé fora e outro dentro" da UE.

Os líderes europeus vão reunir-se a 10 de abril.

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