Brexit

Theresa May garante que vai conseguir "o melhor acordo para o Reino Unido"

A primeira-ministra britânica pediu esta quinta-feira união em torno do acordo sobre o Brexit. Theresa May garante que este "é o melhor acordo para o Reino Unido" e garante que as condições de saída respeitam a vontade do povo e devolvem aos britânicos o controlo das fronteiras e das finanças públicas.


Sobre a possibilidade de haver uma moção de confiança, May defendeu que o seu papel "é tomar as melhores decisões, não as mais fáceis". E que vai "trazer o acordo melhor para os britânicos". Em conferência de imprensa na residência oficial, em Downing Street, negou a intenção de demitir-se.

No Reino Unido, a aprovação do acordo sobre o Brexit provocou só hoje quatro demissões no governo, incluindo os responsáveis pelas negociações com Bruxelas. Uma decisão que levou à depreciação da libra esterlina face ao euro e ao dólar.

O que prevê o 'rascunho' do Brexit

O pré-acordo estabelece os termos da saída, com as “Irlandas” a assumirem um papel determinante nas negociações. No documento fala-se sobre os termos da solução de recurso, denominado de "backstop", dos direitos dos cidadãos, e do período de transição.

Um período que vai até ao final de dezembro de 2020, durante o qual a União Europeia tratará o Reino Unido como se fosse um Estado-Membro, permitindo uma adaptação antes da saída oficial. Ainda assim, e mesmo depois dessa data, os cidadãos britânicos que vivam e trabalham na UE podem continuar a resisir nos respetivos países, e o mesmo se aplica a cidadãos da União Europeia que residam no Reino Unido.

Para sair da União Europeia, o Reino Unido vai ter de pagar compensações financeiras, que são obrigações que assumiu enquanto Estado-membro. O governo estima que o valor possa chegar aos 39 mil milhões de libras (cerca de 45 mil milhões de euros).

May de saída?

Apesar de May prometer que se vai manter em funções e conduzir o processo de saída, arrisca ser destituída caso avance um voto de não confiança, apresentado pelo próprio partido. São precisas 48 cartas a pedir a saída da líder do Partido Conservador, que representam 15% dos deputados do grupo.

Até agora não se sabe quantas cartas foram apresentadas, mas um dos que assinou a perda de confiança em Theresa May foi o deputado Rees-Mogg, um dos líderes do grupo eurocético no Parlamento britânico, que alega que o que a primeira-ministra conseguiu em Bruxelas não é um Brexit.

Conselho Europeu reúne a 25 de novembro

O presidente do Conselho Europeu anunciou hoje, em Bruxelas, que prevê convocar uma cimeira extraordinária de líderes da União Europeia a 27 para dia 25 de novembro, para "finalizar e formalizar o acordo de Brexit" com o Reino Unido.

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