Em comunicado, a Comissão Europeia nota que, embora a UE esteja a trabalhar dia e noite para chegar a um acordo que garanta uma saída ordenada do Reino Unido e esteja empenhada em discutir a sua relação futura com Londres, o cenário de uma saída 'dura' poderá mesmo colocar-se.
"Visto que ainda não há certeza de que existirá um acordo de saída ratificado na data prevista, nem das suas eventuais implicações, estão a decorrer preparativos para procurar assegurar que as instituições da UE, os Estados-Membros e as entidades privadas estão preparados para a saída do Reino Unido", salienta.
Na nota, o executivo comunitário observa que, mesmo na eventualidade de ser alcançado um acordo, o Reino Unido deixará de ser um Estado-Membro após a sua saída, pelo que deixará de beneficiar das mesmas vantagens de um Estado-Membro. "Preparar-se para o facto de que o Reino Unido passará a ser um país terceiro é, pois, primordial, mesmo em caso de acordo entre a UE e o Reino Unido.
Dito isto, os preparativos de saída do Reino Unido não são apenas da responsabilidade das instituições da UE: trata-se de um esforço realizado em conjunto a nível da União, a nível nacional e a nível regional, que deverá igualmente envolver os operadores económicos e outras entidades privadas", defende.
A Comissão Europeia insta assim os 27 a "acelerarem a sua preparação para todos os cenários e assumirem a sua quota de responsabilidade".
O Reino Unido vai deixar a União Europeia em 29 de março de 2019, dois anos após o lançamento oficial do processo de saída, e quase três anos após o referendo de 23 de junho de 2016 que viu 52% dos britânicos votarem a favor do Brexit.
Lusa