Brexit

Austrália garante que relações com Reino Unido manter-se-ão "fortes e íntimas"

As relações entre Austrália e Reino Unido irão manter-se "muito fortes e íntimas", afirmou hoje o chefe do Governo australiano Malcolm Turnbull, acrescentando acreditar no sucesso das negociações com a União Europeia para um acordo de comércio livre.

Os mercados australianos mergulharam também no mar vermelho das bolsas mundiais provocado pela vitória obtida no referendo britânico pelos defensores da saída do Reino Unido da União Europeia, com o índice de referência da bolsa australiana, o S&P/ASX 200, a fechar com perdas de 3,17%.

"Não tenho dúvidas de que as nossas relações muito fortes e íntimas com o Reino Unido continuarão completamente imperturbadas", afirmou o primeiro-ministro australiano aos jornalistas em Devonport, na Tasmânia, a ilha australiana no sul do país.

"E as nossas relações muito fortes com a Europa, com a Europa continental, que levaram às negociações para um acordo de livre comércio, também vão continuar", acrescentou Turnbull, até porque, continuou, a Austrália reforçou nos últimos anos as suas "relações com as principais economias europeias continentais, em particular, com a Alemanha e com a França".

O chefe do Governo australiano disse ainda que a decisão dos britânicos saírem da UE deverá provocar um período de incerteza e de alguma instabilidade nos mercados internacionais, mas sublinhou que "os australianos não têm razões para alarme".

"Temos que reconhecer que a recuperação mundial é, em algumas partes do mundo, muito frágil. Portanto, esta incerteza contribui para esse ambiente", afirmou.

Os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair a União Europeia, depois de o Brexit ter conquistado 51,9 por cento dos votos no referendo de quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou já a intenção de se demitir em outubro, na sequência deste resultado.

As principais bolsas europeias abriram hoje em forte queda, com a bolsa de Londres a descer perto dos 8%.

Lusa

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