Mair, com 52 anos, é acusado de disparar e apunhalar fatalmente a parlamentar, que teria feito esta quarta-feira 42 anos, no passado dia 16 de junho na localidade de Birstall, no norte de Inglaterra.
O suspeito, que supostamente sofre perturbações mentais e estava vinculado a meios da extrema direita, enfrenta as acusações de homicídio e posse ilegal de arma de fogo, entre outros.
Mair participou hoje numa audiência no Tribunal de Old Bailey, em Londres, através de videoconferência a partir da prisão de alta segurança de Belmarsh.
O juiz que conduziu a audiência agendou provisoriamente para 14 de novembro a data do início do julgamento, que deverá ser realizado no mesmo tribunal londrino, e ainda outras duas audiências prévias em 19 de setembro e 4 de outubro.
Na audiência de hoje, Mair - cujo caso está a ser julgado sob o "protocolo de terrorismo" e, por isso, responderá perante um juiz do tribunal superior -- apenas falou para confirmar o seu nome.
Na primeira comparência em tribunal, no passado sábado, Mair recusou-se a confirmar a sua identidade e, em vez disso, apenas declarou: "morte aos traidores. Liberdade para o Reino Unido".
A audiência preliminar de hoje coincidiu com o dia do referendo no Reino Unido sobre a permanência ou não do país na União Europeia.
A morte trágica de Jo Cox, mãe de duas crianças pequenas -- que fazia campanha pela manutenção do Reino Unido na UE -- comoveu o país e motivou uma paragem por três dias da campanha para o referendo, em sinal de respeito.
Na passada quarta-feira, dia em que celebraria o seu 42.º aniversário, milhares de pessoas juntaram-se em Trafalgar Square, a famosa praça no centro de Londres, para prestar tributo à deputada, numa homenagem em que marcaram presença, entre outros, o seu viúvo, Brendan Cox, os dois filhos, um menino e uma menina, de 5 e 4 anos, respetivamente, a Prémio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, e Bono, vocalista dos U2.