Atentado em Londres

Os heróis de Londres

Este sábado, por Londres, civis chegaram-se à frente para ajudar as vítimas, um taxista tentou atacar um dos terroristas e as autoridades protegeram as pessoas que estavam na rua, ao mesmo tempo que tentaram deter os atacantes. Conheça aqui alguns dos heróis de Londres.

Peter Nicholls

Um polícia fora de serviço foi um dos primeiros a chegar à London Bridge, mas durante o ataque acabou por ser esfaqueado. O agente tentou parar um dos atacantes na London Bridge, mas foi esfaqueado e está, neste momento, em estado crítico no hospital.

De acordo com a BBC, a comissária da Polícia Metropolitana de Londres, Cressida Dick, relembrou este domingo "a bravura dos agentes que estavam em serviço, mas também daqueles que não estavam e que foram os primeiros a chegar ao local" e a "correr para o perigo".

Um agente da polícia rodoviária de Londres, que enfrentou os atacantes apenas com o bastão, foi gravemente ferido, mas está estável. Este oficial servia apenas há dois anos. O chefe da Polícia Rodoviária britânica, Paul Crowther, reconheceu a "bravura" que o agente mostrou.

Giovanni Sagristani estava com um grupo de amigos a jantar num restaurante, na Stoney Street, onde os atacantes esfaquearam uma mulher. "Ele chegou a gritar e esfaqueou-a", declarou o homem à BBC.

O parceiro de Giovanni Sagristani, Carlos Pintos, é enfermeiro e, no sábado, prontificou-se a ajudar a mulher, juntamente com um colega. "Eles pegaram em alguns panos e gelo e tentaram parar a hemorragia. Ela perdeu muito sangue ao início", relatou Giovanni ao jornal inglês.

O homem conta ainda como os clientes do restaurante conseguiram afastar o atacante ao atirar-lhe garrafas e cadeiras. Assim que estava na rua, os funcionários baixaram a porta de segurança, prendendo todos dentro do estabelecimento, em segurança.

Os paramédicos demoraram duas horas a chegar ao local, onde conseguiram mantê-la consciente.

Um taxista que estava perto da London Bridge no momento do ataque tentou salvar uma jovem. "Vi uma rapariga a ser esfaqueada no peito", contou à rádio LBC. Com um cliente ainda dentro do veículo, o taxista avisou-o do que iria fazer. "Eu disse-lhe: vou tentar passar por cima dele." Contudo, o atacante conseguiu escapar ileso, depois de fugir do taxista.

Na estação de Mortlake, uma empresa de táxis estava a oferecer viagens grátis a todos aqueles que estavam presos na zona da London Bridge.

A estudante de enfermagem, Rhiannon Owen, relatou ao jornal inglês como um taxista a salvou, depois de gritar para a avisar que estava um homem com uma faca atrás de si. "Vi a faca e não me virei outra vez. Comecei a correr o mais rápido que consegui", revelou.

A jovem de 19 anos conseguiu esconder-se num bar, onde se juntou a mais 40 pessoas, que se esconderam na arrecadação.

Nas redes sociais, começaram a surgir pessoas que viviam junto à London Bridge e ofereciam um lugar seguro a quem não tinha onde se esconder.

"Vivo a cerca de 15 minutos da London Bridge. Se alguém precisar de um lugar para ficar, um carregador, um chá, um sofá confortável, segurança, mandem-me mensagem."

"Qualquer pessoa com medo perto da London Bridge, temos um apartamento e um sofá cama já ao virar da esquina."

"Tenho um quarto a mais, um sofá e chá, se alguém precisar de um lugar perto da London Bridge para dormir esta noite."

Este domingo de manhã, funcionários de um supermercado foram vistos a entregar comida e bebidas aos agentes, que continuavam a patrulhar as ruas londrinas.

Os dois ataques deste sábado em Londres fizeram sete mortos e pelo menos 48 feridos. Cerca de 20 vítimas continuam em estado crítico no hospital.

Uma operação policial decorreu este domingo em Barking, zona leste de Londres, para buscas num apartamento que pertence a um dos três atacantes dos atentados de sábado à noite. Doze pessoas foram detidas.

Os três alegados atacantes foram abatidos pelos agentes, pouco depois do atentado, e as autoridades garantem que a investigação está a decorrer rapidamente.

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