Ataque em Manchester

"Este ataque distingue-se pela sua cobardia desprezível e chocante"

A primeira-ministra britânica, Theresa May, condenou hoje o atentado no final de um concerto em Manchester como uma "aterradora cobardia doentia" por visar jovens e crianças.

"Todos os ataques terroristas são terríveis, mas este destaca-se pela aterradora cobardia doente de quem visa crianças e jovens", disse May em Londres, depois de afirmar não haver "qualquer dúvida" de que se tratou de um "ataque terrorista cruel".

May, que falava em frente à sede do governo, no número 10 de Downing Street, confirmou também informações iniciais de que o ataque foi perpetrado por um homem sozinho, que se fez explodir junto a uma das saídas do local onde decorria um concerto da cantora 'pop' norte-americana Ariana Grande.

"Um único terrorista detonou um engenho explosivo improvisado junto de uma das saídas da Arena de Manchester [...] coincidindo com a conclusão de um concerto 'pop' a que assistiram muitas famílias jovens e grupos de crianças", disse May.

A primeira-ministra frisou que o atacante queria "provocar o máximo de vítimas, entre as quais numerosas crianças e jovens" ao "escolher deliberadamente o local e a hora" para acionar os explosivos.

O ataque, afirmou, foi "um dos piores de sempre no Reino Unido e o pior no norte de Inglaterra".
"Esforçamo-nos para entender a mente distorcida e perturbada que vê uma sala cheia de crianças, não como um cenário a acarinhar, mas como uma oportunidade para um massacre", disse.

Além do atacante, segundo a primeira-ministra, 22 pessoas morreram e 59 ficaram feridas, atendidas em oito hospitais da zona de Machester, algumas das quais estão em estado grave.

Theresa May adiantou também que a polícia "acredita saber a identidade do atacante", mas não vai anunciá-la nesta fase da investigação e trabalha intensamente para determinar se teve cúmplices.
"A polícia terá todos os recursos necessários à investigação", disse.

Pelo menos 22 pessoas morreram e 59 ficaram feridas numa explosão na Arena de Manchester, no norte da Inglaterra, na segunda-feira, no final de um concerto da cantora Ariana Grande, segundo o balanço mais recente da polícia.

O comandante da polícia de Manchester, Ion Hopkins, disse que as autoridades suspeitam que o responsável foi um homem apenas, que morreu na explosão e que "transportava um engenho explosivo improvisado, que detonou, causando esta atrocidade".

Com Lusa

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