"Pouco importa o que vamos ficar a saber sobre as motivações e o móbil do atacante, não devemos deixar que sequestrem o nosso modo de vida, baseado na liberdade", declarou Thomas de Maizière em comunicado, acrescentando que "os mercados de Natal e as concentrações de pessoas devem continuar (...) com medidas de segurança adequadas".
O ministro não adiantou mais pormenores sobre o suspeito e as suas motivações.
Por outro lado, o responsável do Interior do estado federado de Brandeburgo, Karl-Heinz Schröter, revelou hoje que o homem polaco encontrado no camião que atacou o mercado de Natal de Berlim é uma das 12 vítimas mortais do ataque e terá sido morto a tiro.
Este polaco, argumentou Schröter numa teleconferência entre o ministro do Interior alemão e os responsáveis de Interior dos 16 estados federados do país, seria - provavelmente - o condutor original do camião.
Segundo a imprensa polaca, o camião usado no ataque pertence a uma empresa polaca e foi roubado na tarde de segunda-feira, quando estava estacionado em frente a um empresa de Berlim onde ia descarregar vigas de aço que trazia de Itália.
A televisão polaca TVN 24 informou que o condutor do veículo pesado é primo do dono da empresa de camionagem e que deixou de responder ao telemóvel a partir das 16:00 (15:00 em Lisboa) de segunda-feira.
Os dados de GPS do camião - controlados pela empresa polaca - indicam que o veículo começou a pôr-se em andamento a essa mesma hora, supostamente já depois de ter sido roubado.
A polícia de Berlim anunciou hoje que está a tratar como "provável atentado terrorista" o caso do camião que irrompeu contra uma multidão num mercado de natal da capital alemã, causando pelo menos 12 mortos e 48 feridos.
"Os nossos investigadores assumem que o camião foi intencionalmente conduzido contra a multidão no mercado de Natal", disse a polícia.
Um suspeito, presumivelmente condutor do camião, está a ser interrogado.
O condutor do camião que atropelou, na segunda-feira, dezenas de pessoas num mercado de Natal em Berlim entrou na Alemanha como refugiado, sendo provavelmente de origem paquistanesa, refere o jornal "Die Welt".
Lusa