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Pedro Nuno considera que a carta de Montenegro tem "dose de arrogância"

O líder socialista referiu que a carta recebida tem uma "dose de arrogância" que o primeiro-ministro tem manifestado em casos como a eleição do Presidente do Assembleia da República ou o discurso da tomada de posse.

SIC Notícias

Pedro Nuno Santos explicou que está disponível para viabilizar um orçamento retificativo, mas o mesmo não se aplica a um orçamento do estado. Quanto à resposta de Luís Montenegro, o líder do PS classifica como arrogante.

Em entrevista à CNN Portugal, Pedro Nuno disse que um eventual orçamento retificativo "deve estar limitado a certas matérias" para que não se misture depois com o Orçamento do Estado para o próximo ano "que é muito mais do que isto".

"Se querem resolver, o PS está disponível para fazer", salientou, reiterando que "seria um erro deixar estas matérias" para o próximo Orçamento do Estado.

Sobre a resposta que entretanto recebeu de Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos considerou que a "carta não deixa de ter a dose de arrogância" que o primeiro-ministro tem manifestado em casos como a eleição do Presidente do Assembleia da República ou o discurso da tomada de posse.

"Registo a resposta, isso é desde logo positivo. Mas a carta não deixa de ter dose de arrogância que caracteriza Montenegro desde as legislativas. O ensaio da arrogância foi na eleição do Presidente do Assembleia da República, quando PSD achou que não tinha que falar com PS. Este Governo não tem uma maioria que lhe permita ter essa relação com o PS", disse.

Após uma audição com o Presidente da República em Belém, a 19 de março, Pedro Nuno Santos tinha-se manifestado disponível para viabilizar um orçamento retificativo da AD limitado a "matérias de consenso", referindo-se à valorização das grelhas salariais destes grupos profissionais da administração pública até ao início do verão.

Um dia depois, questionado sobre este desafio, Luís Montenegro disse ter registado "com satisfação o sentido de responsabilidade" da comunicação feita pelo secretário-geral do PS, mas escusou-se a responder se estaria disponível para negociar uma viabilização de um eventual orçamento retificativo.

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