O correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman, explica que há duas situações tensas que podem levar a uma escalada do conflito: uma retaliação do Irão ao ataque em Damasco e um eventual ataque de Israel em Rafah.
Israel em alerta devido a ameaça do Irão
Israel está em alerta máximo face à ameaça de uma eventual retaliação do Irão ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco. Isto porque, explica Henrique Cymerman, neste ataque, Israel matou um dos generais mais importantes das guardas revolucionárias de Damasco.
“[O general] coordenava todas as milícias anti-israelitas no Médio Oriente, incluindo o Hezbollah, o Hamas e a Jihad Islâmica. E, nos últimos dias, o Irão já informou que vai reagir, mas ainda não se sabe como”.
A situação, tensa, deixou Israel em alerta. O exército suspendeu as férias de todos os elementos e foi aumentado o número de efetivos e reservistas na Força Aérea.
Fontes norte-americanas admitem que o ataque é inevitável, e tanto Washington, como Telavive estão a esforçar-se para antecipar um possível atentado.
Israel prepara-se para atacar Rafah?
Outro foco de tensão parece ser Rafah, a cidade palestiniana que faz fronteira com o Egito e por onde tem entrado ajuda humanitária para Gaza. É lá que, segundo o correspondente da SIC, Israel poderá levar a cabo um ataque.
“Israel está a estudar a possibilidade de atacar esta zona onde estão provavelmente grande parte dos reféns”.
É por lá, também, que passa a ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza e para onde fugiram centenas de palestinianos.
Este domingo, 7 de abril, assinalam-se seis meses do ataque do Hamas, a 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.