A cidade de Timbuktu e o Túmulo de Askia na cidade de Gao, um local edificado em 1495 que inclui nomeadamente um túmulo piramidal e uma mesquita, situam-se no norte do Mali, são controladas pelos islamitas desde meados de março e estão inscritos como património da mundial da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) desde 2004.
O Comité do património mundial, reunido em São Petersburgo, "aceitou o pedido formulado pelo governo do Mali de inscrever Timbuktu, bem como o Túmulo de Askia, na lista do património mundial em perigo da UNESCO", indicou a organização num comunicado.
"A decisão visa favorecer a cooperação e o apoio a favor de locais ameaçados pelo conflito armado que atinge a região", precisa o comunicado.
O comité também pediu aos vizinhos do Mali para "pôr tudo a funcionar para prevenir o tráfico de objetos culturais provenientes destes locais", segundo o comunicado.
Desde finais de março, início de abril, as cidades e regiões administrativas do norte do Mali - Timbuktu, Kidal e Gao -- caíram nas mãos de grupos armados islamitas, a tomada de controlo precipitada por um golpe de Estado que, a 22 de março, depôs o Presidente Amadou Toumani Touré.
Desde então, o exército do Mali não tem conseguido retomar o terreno perdido e as autoridades de transição colocadas em Bamako depois da retirada dos golpistas do poder a 06 de abril parecem impotentes.
Lusa