Saúde e Bem-estar

Viagra pode ajudar a diminuir o risco de Alzheimer, sugere estudo

Com os resultados promissores, a investigadora principal do estudo da University College de Londres sugere um ensaio clínico (mais amplo) para analisar os efeitos de medicamentos para a disfunção erétil no Alzheimer, tanto em mulheres como em homens.

Westend61

SIC Notícias

Medicamentos para a disfunção erétil, como o Viagra, podem ajudar a diminuir o risco da doença de Alzheimer, sugere um estudo da University College de Londres. Os resultados são encorajadores.

O Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando entre 50 a 70% dos casos, diz a Alzheimer Portugal. Pode agora haver novas vistas em relação a esta doença.

Os homens que tomaram medicamentos para a disfunção erétil tinham 18% menos probabilidades de desenvolver Alzheimer do que os que não tomaram medicamentos, revelou um artigo científico publicado na Neurology.

O efeito parece mais forte em homens com mais prescrições. O risco era 44% menor naqueles que receberam 21 a 50 prescrições de comprimidos para a disfunção erétil.

O estudo contou com a participação de cerca de 260 mil homens com disfunção erétil, acompanhados, em média, durante cinco anos.

"Não podemos dizer que os medicamentos são responsáveis, mas dá que pensar sobre investigações futuras", disse Ruth Brauer, da University College London, autora principal do estudo, citada pelo The Guardian.

No entanto, o estudo tem algumas limitações. Os investigadores não conseguiram explicar os diferentes níveis de atividade física e sexual entre os homens, uma vez que a informação não é registada de forma fiável nos relatórios médicos, diz o mesmo jornal. Além disso, estudos anteriores que relacionavam Viagra ao Alzheimer encontraram efeitos contraditórios.

Os inibidores PDE5 têm um "efeito relaxante" em veias e artérias, permitindo que o sangue flua mais livremente. Estudos (em animais) mostram que melhora o fluxo sanguíneo no cérebro, o que pode ajudar a proteger contra o Alzheimer. Outras publicações mostram que os inibidores da PDE5 aumentam os níveis de um composto, cGMP, que pode ajudar a proteger as células do cérebro.

Se os inibidores PDE5 protegerem contra a doença de Alzheimer, espera-se que os medicamentos funcionem tanto nas mulheres como nos homens.

Com estes resultados promissores, a investigadora principal sugere, diz o The Guardian, um ensaio clínico mais amplo para analisar os efeitos destes medicamentos no Alzheimer, tanto em mulheres como em homens.

Estima-se que 55 milhões de pessoas vivam com demência, a maior parte devido à doença de Alzheimer. Há décadas que se investigam medicamentos para combater a doença. O desenvolvimento de medicamentos para o Alzheimer é caro e pode levar muitos anos.

Últimas