Repórteres do Mundo

"Temos de queimar o hotel e as pessoas"

Dois meses depois dos violentos protestos contra a imigração no Reino Unido, o medo continua a fazer parte do dia-a-dia em Hull. Era um sábado de agosto. Da janela do hotel onde vive, Wahag assistiu ao ataque dos manifestantes. “Fiquei assustado, vi as pessoas a atirarem pedras contra o hotel”.

SIC Notícias

O jovem de 24 anos do Iémen chegou à Grã-Bretanha de barco há poucos meses e teme que os protestos voltem a acontecer e que sejam mais graves.

Como ele, dezenas de requerentes de asilo vivem fechados no hotel onde as autoridades britânicas os colocaram. Mustafa também vive no hotel e estava lá nesse dia. “Ouvimo-los gritar: “temos de queimar o hotel, temos de queimar as pessoas que estão no hotel”, disse à Sky News.

As razões por detrás das manifestações são complexas: alguns são motivados pelo ódio e racismo, mas outros pela ideia de que os imigrantes têm melhores condições, com alojamento e comida, à custa dos contribuintes.

A vitória dos trabalhistas em julho deu uma nova esperança aos migrantes que começaram a receber autorizações de residência em vez de ordens para abandonar o país.

Últimas