Perdidos e Achados

“Okupas”

Paula Parreira e Paulo Martins deixaram para trás o emprego, um apartamento e um empréstimo de 50 mil euros. Ocuparam uma casa abandonada em Cascais para lutar contra os luxos e as obrigações da sociedade de consumo. Foi há 11 anos. Passaram a ser “okupas”, os rostos de um movimento que marcou Portugal sobretudo nos anos 90.

Perdidos e Achados

Em 1997, Paula e o namorado dormiam e comiam na antiga cozinha da casa que ocuparam, em Cascais. O resto do espaço estava dividido por outros jovens, também porta-vozes do movimento "okupa". Em nome da liberdade ocupavam espaços abandonados nas cidades e recusavam todas as formas de autoritarismo e exploração.



Na casa de Cascais vivia também Zé Pedro. Aos cinco anos de idade, já fumava tabaco e bebia vinho. Foi retirado da família e institucionalizado mas fugiu várias vezes para viver na rua. Há 11 anos, queria tirar o curso de veterinária ou a carta de pesados.



Durante sete meses, Miguel Rosas ocupou uma quinta abandonada, às portas de Sacavém. No edifício chegaram a funcionar salas para ensaio, ateliers para pintura e fotografia em completa auto-gestão.



Onze anos depois, o Perdidos e Achados foi à procura de alguns dos "okupas" que chocaram Portugal nos anos 90. Quisemos saber se desistiram de mudar o mundo.






Jornalista: Catarina Neves

Imagem: Odacir Júnior

Edição: João Nunes

Produção: Eduarda Batalheiro; Diana Matias

Coordenação: Sofia Pinto Coelho

Direcção: Alcides Vieira
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