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Combate ao narcotráfico: redes usam "lanchas que custam, no mínimo, um milhão de euros"

Portugal está no mapa dos cartéis que usam a via marítima para fazer chegar à Europa grandes quantidades de droga. A SIC foi perceber como é que as autoridades combatem grupos que atuam com recursos quase infinitos. É Essencial perceber como é que as autoridades portuguesas estão a enfrentar um combate desigual em recursos humanos e também financeiros.

Conceição Lino

Cláudia Machado

Ana Rita Sena

Carlos Rosa

Rafael Homem

Francisco Barreto

As perseguições às lanchas rápidas acontecem a alta velocidade, com riscos para os operacionais, da Polícia Marítima e dos Fuzileiros, e para os traficantes. Estes grupos criminosos desafiam o mar e a justiça para fazer chegar a droga - sobretudo haxixe e cocaína - à costa portuguesa.

São redes que se movem pelo dinheiro e têm recursos quase infinitos.

“Uma embarcação rápida de narcotráfico custa, no mínimo, um milhão de euros. Mal sentem uma dificuldade, abandonam a embarcação porque perder um milhão de euros, para eles, não é crítico”, sublinha, em entrevista à SIC, o almirante Gouveia e Melo, Chefe do Estado-Maior da Armada.

A Marinha e a Força Aérea participam em várias operações de combate ao narcotráfico, mas é à Polícia Judiciária que cabe investigar estas redes.

“Estamos a falar de atividades que são dominadas pelo crime organizado, por organizações criminosas que são verdadeiras multinacionais do crime, que têm enormes recursos técnicos, humanos e financeiros e que não se vinculam àquilo que são as regras nem conhecem fronteiras”, alerta Artur Vaz, diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária (PJ), que abriu à SIC as portas do setor de drogas e toxicologia do Laboratório de Polícia Científica.

É pelas mãos dos especialistas de Polícia Científica que passam os mais variados tipos de drogas, alguns deles dissimulados através de processos químicos.

Podemos dar exemplos, roupas impregnadas com cocaína, cocaína dissimulada em bombons, em bebidas, alguns casos de cocaína negra dissimulada em carvão e esta tem outra particularidade, é que os testes rápidos usados no terreno dão negativo”, mostra Maria João Caldeira, responsável pelo setor de drogas e toxicologia.


No “Essencial” desta semana entramos nos bastidores do combate ao tráfico de droga pela via marítima.

Não perca no Jornal da Noite, na SIC.

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