Política

Saúde e Educação: oposição à esquerda e direita dá nota negativa a políticas do Governo Montenegro

A saúde e a educação também marcaram o debate quinzenal, o primeiro da nova legislatura. O primeiro-ministro garantiu que o país está melhor nestas duas áreas, mas a oposição tem uma opinião diferente.

Hugo Maduro

Hugo Veigas

Ana Lemos

No primeiro debate quinzenal do novo Governo Montenegro, o primeiro-ministro entrou a dizer que a mudança vai continuar e o Chega, pela voz de André Ventura, deu início ‘ao ataque’.

“Só se for uma mudança para pior. (…) A diferença entre o Governo de Montenegro e de António Costa em matéria de saúde é zero”, afirmou o líder do Chega, com Montenegro admitir que "não podemos inventar uma disponibilidade de recursos humanos, onde ela não existe, mas estamos a tomar as medidas para esse reforço”.

Também o secretário-geral do PS falou sobre o “falhanço” na saúde, afirmando que “nunca nasceram tantos crianças em ambulâncias”. Mas ainda “mais grave”, lembrou, foi o caso de “uma mãe que chegou a dar à luz na rua, um cenário nunca visto no nosso país”.

A resposta chegou pela voz do social-democrata Hugo Soares: “Em 2022, era membro do Governo e nasceram 18 crianças na via pública. Queria aconselhar ao senhor deputado José Luís Carneiro para aprender menos na forma de fazer política com o Chega, [isto é] a tal precipitação e forma fanfarrona de querer imitar os outros".

Quanto à Educação, IL e PS deram nota negativa no exame de matemática. “98% das escolas portuguesas tinham professores para todas as crianças, oito dias depois, o Ministério da Educação afirma que 78% das escolas têm falta de professores pelo menos a uma disciplina, mais um falhanço grave”, apontou o líder do PS.

Já Mariana Leitão (IL) lançou outros números para mesa.

“Uma entidade deu o número de 120 mil professores colocados e que outra disse que estão a pagar salários a 129 mil, pergunto se estamos perante algum milagre da multiplicação”, na resposta Montenegro admitiu, citando o ministro da Educação, que “os números não são viáveis” mas "estamos a criar condições para que eles sejam rigorosos”.

No pré-escolar, o primeiro-ministro garantiu no debate quinzenal que conseguiu preencher cerca de 1.500 vagas das mais de seis mil que existem, e revelou ainda que o Governo vai fazer intervenções urgentes nas escolas, só não disse quando.

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