Fernando Madureira terá negado todas as acusações e desafiado o tribunal a encontrar imagens que sustentem a tese do Ministério Público, que afirma que o líder dos Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo" na AG do FC Porto, a 13 de novembro de 2023.
A mulher, Sandra Madureira, não falou aos jornalistas à chegada ao tribunal, esta manhã, mas ontem, depois de ser ouvida, "não negou nada", mas explicou tudo à juíza.
A instrução está a entrar na reta final. Esta quinta-feira, foram ouvidos os dois arguidos que faltavam: Jamaica, da claque, e José Pereira, adepto do Futebol Clube do Porto, ficando assim concluída a fase de produção de prova.
Fernando Saúl também foi ouvido na quarta-feira. O ex-oficial de ligação do Futebol Clube do Porto com os adeptos, negou ter cometido qualquer ilícito.
O tribunal ainda não se pronunciou sobre o pedido da defesa de Saúl para ouvir Jorge Nuno Pinto da Costa, o quanto antes, para memória futura. O depoimento servirá apenas para uma fase posterior, se o caso chegar efetivamente a julgamento.
As sessões no tribunal de instrução criminal do Porto têm sido marcadas pelo visionamento de mais de 20 horas de imagens de videovigilância do dragão arena onde decorreu a polémica assembleia geral do FCP.
Para a semana há debate instrutório, com as alegações finais. Depois disso, será marcada a data para a leitura da decisão e, até 7 de dezembro, a juíza de instrução criminal deverá decidir se o caso vai ou não a julgamento e em que moldes.
A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos na Assembleia-Geral do FC Porto em novembro de 2023 e o Ministério Público entende que o clima de intimidação foi premeditado, uma estratégia para tentar condicionar a decisão dos sócios e conseguir a aprovação dos estatutos.