Como aconteceu em muitos outros castelos do país, o de Freixo de Espada à Cinta deixou de proteger os vivos para se transformar em cemitério. Mas os finados não impedem que este seja ponto obrigatório de visita para os muitos que vêm conhecer o que resta da importante fortificação fronteiriça, junto ao Douro.
A torre heptagonal, que originalmente até teria oito lados, é mais tardia. É já legado do rei D. Dinis. Transformou-se na imagem de marca da terra, que se afirma a mais manuelina de Portugal.
Mas a ligação de D. Dinis a Freixo de Espada à Cinta não se resume à característica Torre que chegou aos nossos dias. O rei-poeta terá deixado raízes ainda mais profundas na ligação à terra.
E se Freixo de Espada à Cinta defendia o sul da fronteira com Espanha marcada pelo águas durienses, do lado Norte esse papel coube a Miranda do Douro.
D. Dinis mandou erguer um castelo que acabou marcado por muitos episódios bélicos com as tropas vindas do país vizinho. Incluindo os conflitos na Restauração, ou a guerra dos sete anos.
Banhada pelos rios Fresno e Douro, Miranda e o seu castelo continuam altaneiros numa paisagem que se descreve apenas numa língua própria.