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MP quer saber qual a origem e quem levantou ou depositou notas apreendidas no gabinete de Escária

Depois de recusar devolver 75.800 euros ao antigo chefe de gabinete de António Costa, MP vai pedir informações sobre origem do dinheiro ao Banco de Portugal.

@FERNANDO PICARRA

SIC Notícias

O Ministério Público vai pedir ao Banco de Portugal informações sobre a origem das notas apreendidas no escritório de Vítor Escária, na altura chefe de gabinete de António Costa, em novembro de 2023.

De acordo com o jornal Público, a investigação quer saber onde foram produzidas as 1.994 notas de 20 e de 50 euros, para que banco foram canalizadas, e quem as levantou ou depositou.

Esta diligência do MP é assumida em resposta ao pedido de Vítor Escária para a devolução dos 75.800 que tinham sido apreendidos nas buscas, tendo a justiça recusado. A justificação inscrita no acórdão foi de que estavam “em curso diversas diligências com vista a apurar a sua origem, sendo que algumas delas incidem sobre o numerário propriamente dito”.

Pedido já tinha sido feito (e recusado)

O mesmo pedido já tinha sido feito ao juiz de instrução criminal que, em julho, também rejeitou devolver o montante. Os desembargadores entendem que a quantia guardada em dossier ou caixas de garrafas de champanhe é suscetível de levantar suspeita de prática de crime, sobretudo se o alvo das buscas não conseguir explicar a proveniência.

O antigo chefe de gabinete de António Costa terá inicialmente dito que apenas lhe pertencia uma parte do dinheiro e terá mudado de versão no primeiro interrogatório, dizendo que os 75.800 euros eram provenientes de trabalho de consultoria em Angola.

Vítor Escária é arguido na Operação Influencer e tomou posse há duas semanas como diretor do Instituto Superior de Gestão.



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