O ministro da Defesa esteve na tarde desta quarta-feira no Parlamento a responder às perguntas dos deputados da Comissão de Defesa sobre as falhas na cooperação da Força Aérea com o INEM.
Nuno Melo defendeu por várias vezes a complementaridade entre o setor público e privado, e lembrou que desde 2003 existe um protocolo assinado entre o ramo e o INEM neste âmbito.
Salientando que por vezes os concursos falham, Melo salientou que o Governo optou por recorrer à Força Aérea como "alternativa à velha inevitabilidade do ajuste direto milionário" e admitiu mesmo que o Governo possa voltar a recorrer a esta solução.
Nuno Melo acusou o PS de querer "apoucar" a Força Aérea e defendeu o modelo adotado pelo Governo como "uma alternativa a um ajuste direto milionário".
Pela bancada socialista, Mariana Vieira da Silva recordou que só não foi feito mais nenhum ajuste direto porque "quando o Tribunal de Contas deu visto ao último concurso de ajuste direto" avisou o executivo PSD/CDS-PP que "não assinaria mais nenhum" uma vez que "só por decisão própria do Governo é que não tinha sido aberto o concurso".
Vieira da Silva salientou que o PS tem dúvidas "legítimas sobre a razão de não ter sido lançado um concurso em tempo", e notou alguma contradição entre as declarações do ministro e as da ministra da Saúde, no ano passado, quando afirmou que o ramo "não estava em condições" de assegurar este transporte.
Com LUSA