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Utentes do hospital do Barreiro concentram-se para exigir funcionamento de urgências

A ministra da Saúde diz que não se pode normalizar o fecho das urgências, mas o cenário repete-se todos os fins de semana.

Amanda Martins

Carolina Piedade

Kathleen Araújo

Rafael Homem

Filipe Barbosa

Os utentes do hospital do Barreiro concentraram-se esta manhã para exigir o funcionamento das urgências de ginecologia e obstetrícia, que continuam fechadas até ao final da próxima semana.

A Península de Setúbal é a região mais crítica. A urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital do Barreiro fechou na passada quarta-feira, durante dez dias, porque não há médicos para completar as escalas.

Os utentes do concelho concentraram-se este sábado à entrada do hospital, para lutar pelo direito à saúde. Na concentração esteve presente o secretário-geral do PCP.

A partir de setembro, a ministra da Saúde prevê que esteja sempre aberta a urgência de Almada, com um reforço de médicos do privado. O plano do Governo é também criar urgências regionais. Para isso, depois do verão, Ana Paula Martins quer iniciar negociações com os sindicatos.

O problema de base é a falta de profissionais. A Federação Nacional dos Médicos pede a valorização das carreiras e salários justos, sem a obrigação de cumprir centenas de horas extraordinárias.

Olhando para os números deste fim de semana, há seis encerramentos este sábado e sete no domingo. Além do Barreiro, este sábado as urgências de ginecologia e obstetrícia também estão fechadas em Vila Franca de Xira, Caldas da Rainha, Leiria e Aveiro.

No domingo, mantém-se a situação em quatro hospitais, mas o serviço das Caldas reabre, e fecha também em Almada e Santarém.

Quanto às urgências de pediatria, só estarão fechadas - e durante todo o fim de semana - em Vila Franca de Xira.

O Governo pede tempo para conseguir estabilizar esta situação.

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