O Presidente da República lamenta as falhas com os helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), mas diz que a culpa é da burocracia. A demora da autorização do Tribunal de Contas levou a um atraso no contrato com a empresa que presta o serviço. Já o sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalaraponta responsabilidades ao Governo, mas também o diretor do INEM.
A Força Aérea está a ajudar como podee esta soluçãode recurso ainda deve durar mais alguns meses.
“O reforço dos meios de emergência médica vai existir e é inevitável. Simultaneamente, há esta solução, que é uma solução temporária”, afirmou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O único helicóptero da Força Aérea autorizado a transportar doentes urgentes durante 24 horas por dia não consegue aterrar na maioria dos heliportos dos hospitais.
“Várias unidades hospitalares não estão preparadas para muitos tipos de helicópteros”, disse o Chefe de Estado.
A solução de recurso deve continuar até final de setembro, embora o colégio de emergência médica da Ordem dos Médicos afirme que a Força Aérea não tem condições de resposta, por não ter aeronaves preparadas, nem equipas médicas suficientes para o fazer.
Mas Marcelo Rebelo de Sousaprefere poupar o Governoe aponta culpas à burocracia.
Por outro lado, o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar acusa o Executivo de lentidão no concurso para as empresas que operam os helicópteros do INEM.
Se também a gestão das ambulâncias fosse melhor, o transporte aéreo poderia ser menos necessárioe aí, afirma o sindicato, a culpa é de Sérgio Dias Janeiro, diretor do INEM há um ano, e de quem o nomeou.
“A ministra da Saúde, com a tutela do INEM, foi alertada por nós de que o INEM não cumpriu aquilo que estava estabelecido", dizRui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.
“A sra. Ministra tem de obrigar o sr. presidente do INEM a cumprir, ou então tem de o substituir”, atira.
Peranteos problemas das últimas semanas, a ministra Ana Paula Martins garante que não se demite.