Henrique Gouveia e Melo pode trazer “lanternas” para iluminar aqueles que consideram que votar nele, nas eleições presidenciais, será um “tiro no escuro”. É assim que o candidato a Belém responde a Luís Marques Mendes.
Marques Mendes, adversário de Gouveia e Melo na corrida à Presidência da República, defendeu, na terça-feira, que o cargo de Chefe de Estado "deve ser exercido por quem tem mais experiência política", referindo que um voto nele "não é um voto no desconhecido nem um tiro no escuro".
Palavras que podem ser entendidas como um ataque à falta de experiência política do adversário Gouveia e Melo, que se aventura agora numa candidatura presidencial, depois de uma carreira de décadas enquanto militar.
Confrontado com o assunto, esta quarta-feira, à margem de um evento em Lisboa, Henrique Gouveia e Melo rejeitou tratar-se de “uma indireta”, mas fez questão de responder às palavras de Marques Mendes.
“Se alguém precisar de lanternas, talvez eu possa fornecer alguma”, atirou.
Questionado também sobre a entrada de António José Seguro – que anunciou, esta terça-feira a sua candidatura - na corrida a Belém, Henrique Gouveia e Melo diz que a mesma é “muito positiva”.
“A democracia é a contraposição de pessoas e de opiniões. É bom ter mais um candidato, que traga novas ideias e novas discussões”, declarou.
Novo Governo? “Que seja longo”
Em relação à composição do novo governo – cujos ministros foram, esta tarde, apresentados pelo primeiro-ministro Luís Montenegro e aceites pelo atual Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa -, Gouveia e Melo diz que não o surpreendeu.
O importante, defendeu, é que haja governo “o mais rápido possível”, porque “o país precisa de estabilidade”.
“O que desejo é que seja um governo longo, que garanta estabilidade, governabilidade e que desenvolva o país, que é a coisa mais importante”, sublinhou, lembrando a necessidade de tornar a economia portuguesa “mais produtiva”.