País

Manifestação de imigrantes em Odemira contras deportações

O protesto juntou mais de meia centena de imigrantes vindos do Alentejo, de Lisboa e também do Algarve.

Marta Candeias Ferreira

Marco Mariano

Dezenas de imigrantes protestaram ontem em Odemira contra as deportações anunciadas pelo Governo. Pedem mecanismos de legalização mais eficazes para quem quer continuar a viver e trabalhar em Portugal.

São sobretudo indianos, nepaleses e bengalis. Trabalham há vários anos na agricultura, mas também no comércio e no turismo. Vieram em busca de uma vida melhor, só que não conseguem regularizar-se perante a lei e agora têm receio de serem deportados.

A maioria diz ter seguido todos os passos para obter o título de residência português, mas foram identificados como "irregulares" noutro país e o nome entrou para a "lista de não-admissão" do Espaço Schengen. E se saírem de Portugal, poderão não regressar.

No início deste mês, o Governo anunciou que vai notificar cerca de 4.500 pessoas em situação ilegal para abandonarem Portugal, de forma voluntária, no prazo de 20 dias. Uma decisão que a plataforma Solidariedade Imigrante considera injusta.

A associação estima que residam hoje, só no concelho de Odemira, cerca de 15 mil cidadãos estrangeiros - isto, sem contar com aqueles que estão em situação ilegal.


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