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Tensão aumenta no segundo dia sem comboios: greve provoca sobrelotação e descontrolo nos autocarros

A greve geral dos comboios gerou tensão e caos, especialmente na estação de Agualva-Cacém, onde foi necessária intervenção policial e assistência médica.

Márcia Silva Gonçalves

Carolina Piedade

Marta Sobral

Caetano Jorge

Carlos Artur Carvalho

Pelo segundo dia consecutivo, os comboios continuam sem circular em todo o país. Em Lisboa, uma pessoa foi detida após tentar forçar a entrada num autocarro, numa altura em que muitos passageiros procuravam alternativas à ausência de transporte ferroviário.

Sem comboios, os autocarros tornaram-se a única opção para milhares de pessoas, o que tem gerado tensão e situações de descontrolo.

Um homem de 45 anos foi imobilizado e retirado da estação de Agualva-Cacém pela PSP, depois de se ter exaltado e perturbado outros passageiros ao não conseguir entrar no veículo. Esta é a versão da polícia, que não coincide com a de algumas testemunhas no local.

Durante mais de duas horas, nenhum autocarro parou naquela estação, deixando centenas de pessoas à espera — muitas delas desesperadas com a situação. No meio do caos, foi necessário reforço policial e a intervenção do INEM, que assistiu uma passageira que se sentiu mal.

Também a norte, no Porto, o impacto da greve faz-se sentir com força, sobretudo no terminal de autocarros de Campanhã, onde o número de utentes aumentou significativamente.

As perturbações vão manter-se até sexta-feira. A adesão à greve é total e não estão a ser garantidos serviços mínimos.

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