O país ficou às escuras em plena luz do dia. Em vários locais era impossível comunicar, fazer ou receber chamadas e à medida que as horas passavam a situação piorava.
A Autoridade Nacional de Comunicações, que regula o mercado, acusa as operadoras de não estarem preparadas para uma crise desta dimensão.
“Os tempos de autonomia não estavam preparados em muitos sistemas de rede para aguentar tanto tempo. Foram havendo falhas sucessivas”, explica Sandra Maximiano, presidente da Anacom.
O apagão ibérico afetou as antenas de telecomunicações. Sem energia tiveram de recorrer aos geradores para alimentar as baterias, mas o combustível não durou muito e a rede móvel 5G teve mesmo de ser desligada e foi limitado o uso dos dados móveis.
“Temos de ter autonomia para sistemas de backup dos operadores que foram falhando e isso fez com que acontecesse esta falha que não foi imediata, todos nós conseguimos estabelecer logo quando houve a falha energética, mas depois foi piorando e degradando ao longo do tempo”, diz Sandra Maximiano, presidente da Anacom.
À SIC chegaram relatos de que a rede ainda não está totalmente restabelecida. Na Grande Lisboa, há casos de clientes NOS que só na noite de terça-feira é que conseguiram voltar a comunicar através do telemóvel e em casa ainda não têm os serviços disponíveis. Estão sem internet e sem televisão.
A SIC pediu esclarecimentos à NOS que irá fazer um ponto de situação ainda esta quarta-feira.
A MEO garante que todos os serviços afetados pelo apagão foram repostos na tarde desta terça-feira. Já esta manhã começaram a chegar mensagens a quem é cliente MEO afirmando que os serviços críticos estão ativos.
Em comunicado enviado à SIC a Vodafone garante que o serviço já voltou à normalidade. Quanto à nova operadora, a DIGI, só na noite de terça-feira é que voltou a ser possível comunicar.