O ex-juiz e líder do partido Ergue-te, Rui Fonseca e Castro, foi esta sexta-feira detido por desobediência, em Lisboa, após uma concentração de apoiantes da extrema-direita não autorizada. A detenção criou momentos de grande tensão. A polícia foi obrigada a intervir.
O Ergue-te organizou uma concentração, no Largo de São Domingos, no Rossio, com o apoio do movimento Habeas Corpus, bem como do grupo de extrema-direita 1143, liderado por Mário Machado, que também esteve presente.
Durante a concentração, os apoiantes da extrema-direita insultaram jornalistas e também o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que não deu aval à manifestação, após parecer negativo da PSP.
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Inicialmente, o Ergue-te e o movimento Habeas Corpus, com o apoio do 1143, anunciaram uma manifestação com "porco no espeto" no Martim Moniz, a partir das 15:00 desta sexta-feira, feriado do dia 25 de Abril.
Concentração não autorizada
Antes da detenção, a PSP avisou o ex-juiz de que estava a incorrer num crime de desobediência ao não sair do local. Fonseca e Castro, que recusou sucessivamente as ordens das autoridades, foi detido, no Largo de São Domingos.
A detenção criou momentos de grande tensão no local e exigiu a intervenção da PSP, inclusive das Equipas de Intervenção Rápida, para conter a agitação.
"Foram arremessados ferros, vasos, garrafas", relata o jornalista da SIC no local, Afonso Guedes.
Além de Rui Fonseca e Castro, um outro homem foi detido pela PSP "por resistência", no mesmo local. Ambos foram levados para a esquadra.
Mais de uma centena de apoiantes de grupos de extrema-direita, como o Habeas Corpus e o 1143, gritaram:
"Prendem um, prendem todos".
O dispositivo policial foi reforçado devido aos confrontos.
[Artigo atualizado pela última vez às 17:00]