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PJ tenta localizar agressor de jovem que morreu após denunciar adulteração de bebida

O crime aconteceu nas imediações do Bar Académico de Braga, onde este domingo, já depois dos desacatos que levaram à morte de um jovem de 19 anos, houve um incêndio. A Associação Académica da Universidade do Minho garante "não dispor de mais detalhes" sobre o que se passou, mas está a colaboração com a Polícia Judiciária.

Ana Lemos

Rui Carlos Teixeira

Lúcia Gonçalves

Vítor Moreira

Joaquim Gomes

À morte do jovem morto junto ao Bar Académico de Braga, na madrugada deste sábado, somam-se cada vez mais dados estranhos. Durante a tarde deste domingo, registou-se um incêndio no local.

O comandante dos Bombeiros Sapadores, Nuno Osório, adiantou à agência Lusa que o alerta foi dado às 18h30. Apesar de não haver "registo de feridos", o fogo terá destruído parte do bar da Associação Académica da Universidade do Minho. A PSP também esteve no local a efetuar diligências.

Neste mesmo local, na madrugada deste sábado, um jovem de apenas 19 anos, aluno na Escola D.ª Maria II em Braga, que se encontrava no interior do bar com amigos, terá chamado a atenção de um segurançapara um grupo suspeito, que teria adulterado a bebida de uma rapariga.

A denúncia terá provocado desacatos dentro do bar e, já no exterior, que o estudante do 12.º ano foi agredido com três facadas mortais. Apesar dos esforços do INEM, acabaria por morrer no hospital de Braga.

Grupo de agressores oriundo do Porto

Os agressores, cinco no total, colocaram-se de imediato em fuga. A PSP vedou o quarteirão para a recolha de elementos de prova e a Polícia Judiciária (PJ) já persegue o grupo, que, ao que a SIC apurou, é do Porto.

O Bar Académico pertence à Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho),embora seja gerido por um privado. A entrada principal era pela Rua D Pedro V, mas desde há vários anos passou para as traseiras.

De aspeto insalubre e degradado, o espaço tem sido alvo de queixas constantes por moradores devido às rixas e à insegurança.

A AAUMinho emitiu, entretanto, um comunicado sobre as "trágicas notícias", lamentando, desde logo, a morte do jovem aluno do secundário e manifestando as "sentidos e profundas condolências à família e amigos".

"Neste quadro, o reforço de segurança e policiamento nas periferias dos edifícios da Universidade do Minho são objetivos claros da AAUMinho, tendo presente alguns casos problemáticos ocorridos nos últimos anos em espaços frequentados pelos nossos estudantes, como a zona dos bares universitários limítrofes ao Campus de Gualtar, a área envolvente do Bar Académico e da Sede da AAUMinho, assim como a Residência Universitária de Sta. Tecla", sublinham.

Mas quanto ao Bar Académico de Braga esclarecem que "funciona na modalidade de concessão de exploração" e que "incidente ocorreu no exterior do bar". Ainda assim, a AAUMinho diz estar a "acompanhar a situação junto da Reitoria da Universidade e das autoridades competentes, além de ter tentado entrar em contacto com o responsável pela exploração do bar, embora sem resposta até à data".

Apesar de não disporem de mais informação do que, dizem, a que está a ser difundida pelos meios de comunicação social", a AAUMinho "encontra-se em colaboração com a Polícia Judiciária, apoiando com todo e qualquer contributo, de forma ágil, para que a missão da prossecução da origem das causas e veracidade dos factos seja bem conseguida".

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