Dois anos depois de ter rebentado o escândalo no Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra surgem agora duas novas denúncias. Na altura, para além de Boaventura Sousa Santos, também o investigador Bruno Sena Martins foi visado nas denúncias de assédio e abusos sexuais.
Agora, volta a ter o nome nas manchetes de jornais. De acordo com o Diário de Notícias, duas investigadoras relatam terem sido alvo de agressões sexuais por Sena Martins em 2017. Falam em toques íntimos inapropriados, perpetuados pelo, na altura, professor a duas alunas.
Relatos que se juntam ao de outra mulher, que já o tinha acusado de violação, ato que terá ocorrido em 2011. A nova onda de acusações surge pouco depois de Sena Martins ter regressado às suas funções, após um período de auto suspensão de dois anos. As denunciantes dizem que querem evitar que mais mulheres sejam vítimas do investigador.
Sena Martins defende-se. Ao DN, diz que nunca cometeu qualquer agressão sexual, que já prestou todos os esclarecimentos "nas sedes próprias de justiça" e que não vai contribuir mais para "confrontos mediáticos".
A denúncia é pública, mas nenhuma das vítimas apresentou queixa na justiça, uma vez que os eventuais crimes estarão já prescritos.
Também não foram ouvidas nas averiguações conduzidas, tanto pela Comissão Independente criada em 2023, quanto pela Comissão Prévia de Inquérito, que concluiu não haver fundamento para processo disciplinar contra Bruno Sena Martins.