Após a passagem da depressão Martinho pelo território nacional, é hora de fazer contas aos estragos, mas também de limpar e requalificar os espaços afetados. Em entrevista à antena da SIC Notícias, Paulo Farinha Marques, especialista em Vegetação em Espaço Urbano da Universidade do Porto, explica que é essencial reflorestar os espaços que sofreram com a queda de árvores.
Paulo Farinha Marques explica que, agora, a prioridade passa por “retirar as árvores que estão caídas, limpar os espaços e pensar em plantar mais árvores”.
E que tipo de árvores é que devem ser plantadas?
“Nós devemos plantar todo o tipo de árvores. Devemos plantar árvores de crescimento lento, árvores de crescimento rápido, sobretudo adequadas ao lugar para onde vão”, afirma.
Numa altura em que o combate às alterações climáticas está na ordem do dia, o especialista destaca a importância das árvores:
“Nós precisamos de sombra, nós precisamos de vapor de água atmosférico e as árvores criam uma espécie de microatmosferas que vão potenciar essa situação, tornando a nossa vida muito mais favorável no espaço exterior. Sem as árvores nós não conseguimos viver situações agradáveis e viáveis e, por isso, elas são fundamentais para enfrentar as alterações climáticas, sim.”
Paulo Farinha Marques lembra ainda que é essencial, durante todo o ano, “vistoriar as árvores", sobretudo, “aquelas que estão junto dos circuitos onde nós circulamos ou junto das nossas habitações”.
Sobre se as autarquias prestam os devidos cuidados às árvores que se encontram nos espaços públicos, o especialista entende que “a situação está a melhorar”.
“Não tenho assim uma visão tão catastrofista. Sim, em muitos sítios e nas autarquias que eu conheço, o trabalho é cada vez mais apurado e mais atento”, revela.