O Partido Socialista (PS) admitiu, este domingo, que não quer eleições. No fim do encontro da Federação de Lisboa do PS, Carla Tavares culpou o primeiro-ministro pela crise política e pediu ao Governo que retire a moção de confiança.
Para líder da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, "está nas mãos do PSD e do líder do Governo retirar a moção de confiança”.
"Terminámos a reunião com os presidentes da Federação e o PS está absolutamente coeso relativamente a este processo que se espera que aconteça na terça-feira na Assembleia da República. E o apelo que voltamos a fazer ao primeiro-ministro e ao Governo do PSD é que retire a moção de confiança", desafiou.
“Com a sua coerência, o PS não quer eleições, o secretário-geral do PS não quer eleições", insistiu.
Questionada se os presidentes das federações temem que uma crise política possa afetar o processo autárquico ou investimentos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, Carla Tavares distinguiu os dois planos, reforçando a mensagem de coesão interna.
"Os presidentes das federações estão absolutamente unidos nesta posição. Estamos cá para todos os desafios, com a mesma determinação de sempre, com a mesma ambição de sempre. Uma coisa são as eleições legislativas, outra coisa são as eleições autárquicas", afirmou.
OParlamento debate, na próxima terça-feira, uma moção de confiança apresentada pelo Governo minoritário PSD/CDS-PP, que tem chumbo anunciado, com o PS, que tinha anunciado dois dias antes uma comissão de inquérito ao caso, a advertir que não a viabilizará. A rejeição de um voto de confiança implica a demissão do Governo.
Com Lusa