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Hospitais do Algarve (já) cancelaram cirurgias programadas e desviaram recursos para as urgências

A medida foi adotada na segunda-feira, depois da pressão na urgência de Portimão obrigar doentes a esperar mais de 10 horas, mas, apesar dos tempos de espera já terem baixado, a administração decidiu, para já, manter a suspensão.

João Tiago

Luís Silva

Não fosse o pico na afluência às urgências de Faro e Portimão traduzir-se em congestionamentos no internamento, a unidade local de saúde decidiu seguir o plano sazonal e cancelar as cirurgias programadas não urgentes.

“Ao todo serão sido canceladas à volta de duas dezenas de cirurgias que serão brevemente reagendadas, portanto as pessoas terão o seu plano operatório agendado em breve e, como dizia, como de facto ao estarmos numa situação de normalização decidimos reverter a situação em breve (...) provavelmente ainda durante esta semana”, diz Tiago Botelho, administrador da ULS Algarve. 

A medida estava em vigor desde segunda-feira e soma-se ao reforço de 51 camas disponíveis para internamento em Faro, Portimão e Faro. Foi decidida preventivamente, depois do congestionamento que viveu a Urgência de Portimão.

“Alguns doentes esperaram mais de 10 horas e, portanto, isso é uma situação por um lado pouco explicável face aos recursos que estão disponíveis, mas sobretudo endivida para as pessoas que e estavam à espera”, explica o administrador da ULS.

Situação que garante já estar normalizada. Apesar da pressão, a espera está dentro dos limites. Números acima da média que ronda os 150 atendimentos por dia, mas ainda assim em linha com o último inverno. Pelo menos, para já.

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