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Assistentes operacionais e técnicos de saúde em greve às horas extraordinárias até final de fevereiro

Exigem um pagamento justo pelo trabalho adicional e um subsídio de risco para todos os trabalhadores. A paralisação terá impacto sobretudo nas cirurgias programadas.

Kathleen Araújo

Carlos Artur Carvalho

António Soares

Os assistentes operacionais e técnicos de saúde são indispensáveis para a realização de uma cirurgia. Garantem a limpeza e higiene da sala e toda a logística necessária. Fazem agora greve às horas extraordinárias porque recebem, segundo dizem, menos de metade do valor justo.

“Existe uma forma desregulada do trabalho excessivo, não estamos contra as horas extra porque permite aos funcionários ter um extra, mas uma certa regulamentação para o trabalho contínuo que é muitas vezes mais de 16 horas seguidas sem pausas”, diz Matilde Pereira do Sindicato Nacional de trabalhadores dos serviços e entidades com fins públicos. 

Além disso, é ainda exigido o subsídio de risco, que representa 5% do ordenado base,  a todos os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS). 

“Também estamos a pedir que seja recolocado o subsídio de risco para todos os que estão a operar neste tipo de serviços e que sejam classificados, ou seja seja visto e reposto as posições remuneratórias para que todos possam receber adequadamente”, explica Matilde Pereira. 

O impacto da greve às horas extraordinárias vai ser sentido sobretudo nas cirurgias programadas, constrangimentos que vão acompanhar o tempo da paralisação que decorre até ao final de fevereiro.

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