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Urgências sob pressão: tempo de espera continua acima de recomendado

Mesmo com o plano de contingência ativado em alguns hospitais do país, o tempo de espera continua muito acima do recomendado, sobretudo na Grande Lisboa. Fora da capital, é em Portimão que a situação é mais difícil.

Joana Vitória Teixeira

A manhã foi difícil para quem precisou de ir à urgência do Hospital Amadora-Sintra, em Lisboa. O tempo de espera para doentes com pulseira amarela chegou a ultrapassar as 14 horas.

Perto da hora de almoço, rondava as 8 horas. Menos tempo à espera para ser visto por um médico, mas demasiado em relação ao recomendado.

Para conseguir dar resposta, o hospital já tinha reorganizado o calendário de cirurgias e libertado mais de 30 camas para a medicina interna e cuidados intensivos.

Nos últimos dias tem sido assim em vários hospitais de Lisboa. A pressão aumenta, numa altura em que há mais infeções respiratórias e mais doentes em situações clinicas mais complexas.

Beatriz Ângelo aguenta pressão

No Santa Maria, o maior hospital do país, a situação parece estar mais controlada, mas o tempo de espera continua acima do recomendando. São mais de sete horas, no caso de um doente urgente.

O estabelecimento já reforçou o número de camas, mas continua sem ativar o plano de contingência. Diz que só o fará em caso de necessidade.

Situação bem mais tranquila vive-se no hospital Beatriz Ângelo, em Loures, onde o tempo médio de espera não ultrapassa as três horas.

Portimão com mais de 10h de espera

Fora da região de Lisboa, é em Portimão que a situação é mais difícil. Mais de 10 horas: é este o tempo que um doente urgente tem de esperar.

Os especialistas dizem que o pico da gripe ainda não chegou e alertam que a situação pode agravar-se nos próximos dias.

Perante o cenário, o aviso é o mesmo de sempre: para que os utentes não se desloquem à urgência sem antes contactarem a linha SNS24.

Há serviços de urgência que não abrem de todo: é o caso da urgência pediátrica do Hospital do Barreiro, que esta quarta e quinta-feira está encerrada. A falta de médicos para preencher as escalas é uma das razões.

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