O PSD acusou esta segunda-feira Mário Centeno de “intransigência” e “falta de cooperação”, depois de Hélder Rosalino ter desistido de assumir o cargo de secretário-geral do Governo.
“Esta situação é causada pela recusa do BdP de assumir funções enquanto entidade empregadora de Hélder Rosalino”, considerou o deputado Alexandre Poço, em entrevista à SIC Notícias.
O social-democrata lamenta a postura do governador Mário Centeno e afirma não perceber “qual é a agenda” que este “visa prosseguir”, mas garante não ser positivo para o país.
“O salário [de Hélder Rosalino] já estava a ser pago, continuará a ser pago e adicionalmente terá que se chamar outra pessoa a quem os contribuintes vão ter que pagar um salário”, sublinha Alexandre Poço.
Sobre os quase 16 mil euros que Rosalino iria auferir por mês, o deputado esclarece que o montante não foi definido pelo Governo e que é o “salário de origem” - o mesmo que Rosalino recebe enquanto consultor do Banco de Portugal.
Recorde-se, no entanto, que foi o Executivo a alterar recentemente a lei, de forma a que Rosalino pudesse manter o salário. Na versão inicial da lei, aprovada em julho, o salário-base do Secretário-Geral era de cerca de 5 mil euros, acrescido de despesas de representação que poderiam chegar a mais de mil euros.
Face à indisponibilidade de Hélder Rosalino, o Governo assinala que "irá proximamente designar uma outra personalidade como secretário-geral".