O Natal ficou marcado pelos problemas nas urgências de obstetrícia, ginecologia e pediatria. No dia 25, houve 11 serviços fechados e a linha SNS24 chegou a encaminhar doentes para hospitais que nem sequer estavam a funcionar como foi o caso do hospital de Torres Vedras.
Na SIC Notícias, Alberto Caldas Afonso, médico escolhido pela ministra da Saúde para presidir à comissão encarregada de reorganizar as urgências de ginecologia-obstetrícia e pediatria, lamenta os constrangimentos e falhas no serviço, garantindo ser um erro sem justificação. O médico lembrou que a comissão fez um extenso trabalho, nomeadamente, a consultar realidades no contexto europeu, a desenhar fluxogramas e a "montar uma operação gigantesca" de forma a dar resposta a quem acorresse às urgências.
"Do meu ponto de vista, não havia razões para que este caso [hospital de Torres Vedras] tivesse acontecido. Lamento. É um erro que não tem justificação", apontou.
Por sua vez, Francisco Goiana da Silva criticou a implementação do plano em dezembro, um mês "sensível" com "escalas mínimas". O comentador SIC questionou ainda se a linha SNS 24 foi reforçada, tendo em conta o previsível aumento de chamadas.