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Autoridades não identificaram imigrantes ilegais durante operação no Martim Moniz

Na quinta-feira, dezenas de imigrantes foram encostados à parede e revistos, um por um, um cenário que foi filmado e amplamente partilhado nas redes sociais, em grande parte, numa crítica à atuação das autoridades e do Governo.

Madalena Lourenço

Pedro Freitas

Romeu Carvalho

Gonçalo de Freitas

SIC Notícias

A operação policial que decorreu no Martim Moniz, em Lisboa, na quinta-feira, resultou na detenção de dois homens e na apreensão de dinheiro, drogas e material contrafeito. As diligências tinham ainda como objetivo identificar imigrantes em situação irregular, mas isso não se confirmou.

Chamaram-lhe Operação Especial de Prevenção Criminal. Durante duas horas, equipas de intervenção rápida e polícias à civil levaram a cabo seis mandados de busca a estabelecimentos comerciais. A PSP justifica esta ação dizendo que o Martim Moniz é uma zona problemática.

Duas pessoas foram detidas, uma por posse de droga e arma proibida e um outro indivíduo que tinha sobre ele um mandado de detenção por suspeitas de crimes de roubo. Sobre a nacionalidade dos detidos nada foi dito.

A operação visou também a identificação de pessoas em situação irregular no país. No comunicado da PSP, divulgado esta sexta-feira, não é, no entanto, feita qualquer referência a imigrantes em situação irregular. Lê-se apenas que foram apreendidos diversos documentos por suspeita de auxílio à imigração ilegal.

Para além disso, foram apreendidos cerca de 100 artigos contrafeitos, quase 4.000 euros em dinheiro, droga, bastões, uma arma branca e um telemóvel.

Na rua, dezenas de imigrantes foram encostados à parede e revistos, um por um, um cenário que foi filmado e amplamente partilhado nas redes sociais, em grande parte, numa crítica à atuação das autoridades e do Governo.

O Executivo reitera que o principal objetivo da operação foi transmitir segurança à população e, em especial, aos moradores.

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