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Sindicato da PSP pede ao Governo mais "ações" e menos "narrativa política"

Em São Bento, após entregar uma carta ao Governo, Paulo Santos afirma que a PSP "tem problemas diários, graves, estruturais e que não vão ser resolvidos só com uma comunicação ao país". Diz que o investimento anunciado por Montenegro já estava previsto e que é preciso mais.

Daniel Pascoal

O Governo anunciou esta quarta-feira um investimento de 20 milhões de euros para a aquisição de mais de 600 veículos para PSP e GNR. Um dia depois do comunicado feito por Luís Montenegro, a associação sindical da polícia entra uma carta dirigida ao primeiro-ministro a pedir mais “ações” e menos “narrativa política”.

“O intuito é apelar ao primeiro-ministro para, uma vez por todas, deixar a narrativa política, que é muito vazia em termos de conteúdo, e dar um sinal de força ao ministério da Administração Interna. Apelamos para que tenha uma maior responsabilidade e sensibilidade na gestão da segurança interna e da PSP, que tem problemas diários, graves, estruturais e que não vão ser resolvidos só com uma comunicação ao país. Fazemos esse apelo para que haja um reforço político e orçamental ao ministério da Administração Interna”, afirma Paulo Santos, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).

Acompanhado por cerca de 50 pessoas da estrutura sindical, Paulo Santos defende que não está arrependido do acordo que chegou com o Governo em junho, mas “é possível dar mais passos para resolver os problemas estruturais” da PSP.

“É esta a PSP que queremos?”

O sindicalista pede que Luís Montenegro “passe aos atos” e “quebre o que tem sido a rotina dos últimos Governos”.

“Temos uma instituição que não funciona, com fraca atratividade, esquadras desfalcadas… É esta a PSP que queremos para dar resposta aos desafios ao nosso país?"

Questionado sobre o anúncio de 20 milhões de euros do Governo, Paulo Santos afirma que se trata de um investimento “que já estava no programa de governos anteriores”, apesar do Executivo já ter esclarecido que são 20 milhões a mais do que já estava previsto.

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