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Primeiro-ministro garante que Governo está mesmo a atingir meta de reduzir em 90% alunos sem professor

A informação tinha sido avançada ao Expresso pelo Ministério da Educação, que exaltou o feito, alcançado até um mês mais cedo do que era suposto. O PS veio, no entanto, acusar o Executivo de manipular os dados. Luís Montenegro insiste nos números.

SIC Notícias

O primeiro-ministro garantiu, esta sexta-feira, que o Governo está quase atingir o objetivo de diminuir em 90% o número de alunos sem professor a pelo menos uma disciplina. Luís Montenegro afirma que houve um reforço de 1200 docentes na região de Lisboa.

O chefe de Governo admite que a meta que tinha sido traçada pelo Executivo -“chegar ao fim do 1.º período [do ano letivo] com uma diminuiçãode 90% do número de alunoss em professor pelo menos a uma disciplina”- é algo “muito ambicioso”, mas assegura que o Governo já está “praticamente dentro do objetivo”.

“Para ser rigoroso, andaremos na casa dos 89% de diminuição”, declarou.

“Hoje temos uma circunstância em que pudemos acolher mais 200 novos docentes no Algarve e mais 1200 novos docentes na região de Lisboa”, anunciou, Luís Montenegro, sublinhando que, no total, há 5 mil novos professores no sistema.

O primeiro-ministro vem, assim, corroborar os dados avançados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação na edição desta sexta-feira do jornal Expresso.

De acordo com a tutela, há, nesta altura, 2338 alunos que ainda não tiveram aulas a pelo menos uma disciplina - o que representa essa diminuição de 90%, comparando com “quase 21 mil alunos” que o Ministério da Educação afirma que estavam na mesma situação no final do 1.º período do ano passado.

Em declarações ao Expresso, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, assegurava, por isso, não só ter cumprido, mas até antecipado em um mês, a meta a que se tinha proposto.

PS acusa Governo de falta de seriedade

Os dados foram, no entanto, contestados pelo PS, que acusou o ministro de “faltar à verdade”. A líder parlamentar socialista, Alexandra Leitão, afirma que o número usado como referência pelo atual Governo – os tais 21 mil alunos que estariam sem um professor, no ano passado – mistura os estudantes que nunca chegaram a ter professor e aqueles que até tiveram, mas depois perderam-no por causa de baixas médicas.

Os socialistas asseguram que, se os dois indicadores forem agregados, o número de alunos visados não só não diminuiu, como até aumentou, em comparação com o ano passado.

O Ministério da Educação nega, contudo, a leitura feita pelo PS e reitera os dados avançados, mantendo que cumpriu o objetivo traçado.

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