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No ano passado, 19 mil doentes em risco de vida não tiveram resposta do INEM

Meios como helicóptero, ambulância de suporte imediato de vida ou viatura médica de emergência e reanimação não foram acionados para o socorro.

Elsa Gonçalves

Antes de marcar presença na Comissão Parlamentar de Saúde, o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) esteve reunido com a ministra e saiu otimista.

A pedido do Chega, foram também ouvidas as associações de Técnicos de Emergência e Emergência Pré-Hospitalar, que pedem a criação de uma carreira, mais formação e o avanço da proposta de criação de uma task-force e deixam números.

Só em 2023, 19 mil pessoas ficaram sem resposta do INEM. Helicóptero, ambulância de suporte imediato de vida ou viatura médica de emergência e reanimação não foram acionados para o socorro. 

O sindicato foi logo avisando que sem aumentos salariais voltariam os protestos e ainda sem nada de concreto. O encontro com a ministra da Saúde trouxe aproximações.

E foi este processo negocial que continua a 11 de dezembro que pôs fim à greve às horas extraordinárias. O STEPH seguiu depois para o Parlamento.

Esclarecido o agendamento e o pré-aviso de greve entregue 20 dias antes, as consequências da falta de pessoal e o futuro do INEM.

Durante a manhã já tinha sido ouvida a Comissão de Trabalhadores que disse desconhecer como será a refundação mas defende que o INEM deve deixar de fazer o transporte de doentes entre hospitais.

Até setembro, os técnicos já tinham cumprido 28 mil horas extra sem contar as que fora do limite e não são pagas. Mais contratações dependem de uma carreira atrativa e bem paga, depois de anos de desinvestimento crónico.

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