A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) acusa o Hospital de Penafiel de não ter acompanhado devidamente uma doente que acabaria por morrer no serviço de urgência. O caso aconteceu em janeiro. A utente com cerca de 80 anos morreu antes de ser observada.
A ERS dá um prazo de 30 dias para que o Hospital de Penafiel adote medidas destinadas a garantir que o atendimento dos utentes é feito com qualidade e prontidão.
No dia 2 de janeiro deste ano, a situação no Hospital de Penafiel era caótica por causa de um surto de gripe. Chegaram a estar 90 doentes internados no serviço de urgência.
Pouco depois das 19:00, uma idosa chega ao hospital e é triada com a pulseira laranja.
Deveria ter sido observada num espaço de 10 minutos. Isso não aconteceu e a mulher acabaria por morrer menos de uma hora depois sem ser observada numa maca dos bombeiros.
O hospital disse na altura que não havia critérios para qualquer manobra invasiva de reanimação.
No relatório agora divulgado, a ERS afirma que não há nenhum dado que permita tirar essa conclusão e que a doente não foi devidamente acompanhada.
A prestação dos cuidados de saúde não foi acautelada.
Numa resposta à SIC, a Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa (ULSTS) lembra que na altura da morte da utente a atual administração não estava em funções e acrescenta que o caso foi arquivado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).
Até ao momento, não foi notificada pela entidade reguladora. Quando isso acontecer promete adotar as medidas necessárias.