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INEM: “Com 25 ou 30 técnicos atendemos mais de 4.000 chamadas, é esperado que haja atrasos”

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar lembra que, neste momento, há apenas "25 ou 30" técnicos para atender todas as chamadas que chegam aos Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

Elsa Gonçalves

Frederico Correia

Frederico Pinto

Ricardo Tenreiro

Os atrasos no atendimento da linha 112 já provocaram pelo menos seis mortes. À SIC, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar sublinha que, neste momento, há cerca de 30 técnicos a atender mais de 4.000 chamadas.

“Há 10 anos, quando eram cerca de 60 técnicos a atender chamadas no CODU, atendiam metade das chamadas - cerca de 2.700. Atualmente, com 25 ou 30 técnicos, atendemos mais de 4.000. O serviço não pode ser igual, é esperado que haja atrasos”, afirma Rui Lázaro.

À falta de técnicos de emergência pré-hospitalar juntou-se a greve destes profissionais às horas extraordinárias. A maioria já ultrapassou as 150 horas obrigatórias.

“Este protesto para valorizar a carreira dos técnicos vai permitir contratar mais técnicos e fixar os que já temos. E isso vai passar a servir melhor os cidadãos”, acrescenta o presidente do sindicato.

O INEM já apresentou um plano de contingência para responder aos constrangimentos identificados, com medidas que passam pela criação de uma triagem automática para as chamadas que estejam em espera há mais de três minutos.

O plano prevê também o regresso ao modelo antigo, recorrendo aos enfermeiros para o atendimento telefónico no CODU.

O Presidente da República pede que sejam encontradas soluções “o mais rapidamente possível”.

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