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USF acusam Governo de pressionar e asfixiar equipas, mas a ministra da Saúde diz que é "falso"

A Ministra da Saúde rejeita as críticas das Unidades de Saúde Familiar (USF), que se queixam de pressão por parte do Governo e de perda de autonomia.

João Maldonado

Tiago Euzébio

Rui Félix

Por indicação da ministra da Saúde, o concurso para a colocação dos médicos de família vai voltar a mudar e passa a ser nacional. A Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) diz que o Governo está a asfixiar as equipas e a pressioná-las para que abdiquem do direito de escolher os profissionais com quem querem trabalhar.

"Ou as USF assinam a declaração ou não é aberta a vaga... obriga as equipas a aceitar qualquer elemento para as suas USF e e esta é uma peça fundamental e que tem funcionado muito bem. As equipas auto-selecionam a equipa e é assim que se consegue uma dinâmica, uma funcionalidade. Este é apenas um último capítulo de um grande problema que temos em Portugal que é uma ausência de um plano de recursos humanos para a Saúde", afirma André Biscaia. presidente da USF-AN.

A Administração Central do Sistema de Saúde afasta a ideia de pressão e sublinha que é apenas a lei a ser cumprida.

"Confirmo que estamos a entregar uma declaração prévia, como fizemos em todos os anos, e, por isso, é falso que estejamos a pressionar as Unidades de Saúde Familiar (USF), a fazerem uma declaração que nunca tenham feito até hoje", refere Ana Paula Martins, ministra da Saúde.

De saída estarão duas novas administrações de Unidades Locais de Saúde: do Tâmega e Sousa e da Lezíria.

"Em Janeiro de 2024, a anterior direção-executiva nomeou cerca de 230/240 novos administradores, fê-lo na base da equipa que queria ter a trabalhar dentro das suas políticas e, portanto, nesse contexto aquilo que são algumas modificações têm que ver sobretudo com a renovação de algumas equipas que, quer a direção-executiva e eu própria entendemos, que são necessárias nesta altura", acrescentou a ministra.

Numa altura em que o número de doentes internados em casa continua a aumentar por todo o país.

"É uma matéria de enorme prioridade para o Governo. Aliás, nós vamos avançar com centros de responsabilidade integrada na área de hospitalização domiciliária", revela Ana Paula Martins.

Nos últimos seis anos, mais de 43 mil pessoas foram internadas em casa.

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