Chegaram às centenas, de vários pontos do País, derrubaram baias e só pararam no topo da escadaria da Assembleia da República. Respeitaram o cordão formado por agentes da Polícia Segurança Pública (PSP), em evidente minoria, numa altura em que já chegavam reforços da Unidade Especial de Polícia.
Ainda assim não recuaram nem quando o apelo veio do próprio sindicato.
PSP recusa falha no dispositivo de segurança
A Polícia Segurança Pública (PSP) recusa que tenha havido falhas no dispositivo de segurança mobilizado para a manifestação, ainda que os bombeiros sapadores reconheçam que só não avançaram mais porque não quiseram.
Diz que foi obrigada a desviar meios porque o protesto teve desenvolvimentos que não estavam previstos e vai participar o caso ao Ministério Público. O sindicato admite que a manifestação saiu fora do plano aprovado pelas autoridades.
Ainda assim, a PSP garante que a situação estava minimamente controlada e os bombeiros sapadores ficaram na escadaria durante perto de três horas.
Dizem ser ignorados há mais de 20 anos
Incendiaram pneus e um casaco da farda, passaram um caixão branco de mão em mão até chegar à porta do Parlamento, lançaram petardos e entre gritos de revolta, ouviu-se também o hino nacional.
Os bombeiros sapadores protestaram pelo aumento dos salários, um subsídio de risco semelhante ao atribuído às forças de segurança, entre outros motivos. Queixam-se de não ser ouvidos há mais de 20 anos.
O Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) diz que espera agora receber uma proposta do Governo porque só assim podem avançar as negociações.